Cara cesta básica

Adolescente, chegando na casa de minha mãe após acompanhá-la numas tarefas, na frente da nossa porta nos deparamos com vários bilhetes colados, com durex, escritos em letra de mão palavras como caloteira, vagabunda e coisas piores. Ela havia comprado uma cesta básica de um dono de supermercado e não pôde pagar no prazo. Uma cesta básica. Isso motivou o indivíduo a ir até a porta dela e colar bilhetes depreciando uma mulher mãe criadora solo de três e mais, fora os animais. Lembro dela ficar sem graça, incrédula, brava. Retirei cada um dos bilhetes. Me deu vergonha ser brasileiro. E eu sempre quis mais que uma cesta básica.

Sou Diego Rbor

Bem vindes ao Escritama, este cantinho aconchegante na internet dedicado a minha literatura e poesia autoral. Convido você a se juntar a mim nesta jornada de boas reflexões, algumas profundas, todas com amor, curiosidade e desejo por um mundo mais leitor, porque a leitura permite conexões concretas, energéticas e conhecimentos.