Te perder é como sentir a dor de um luto. Movimentar o corpo enquanto durmo e não sentir o seu ao lado, deixa a cama grande e quando acordo e não te vejo é querer não ter acordado.
Ao levantar da cama num sábado, cedo, desnecessariamente, por ser minha folga, ir preparar o café com menos pó, uma só xícara e muitos pensamentos…
Billy acorda e apenas essa doçura para me arrancar um riso ligeiro.
Sento no sofá, pego o celular e vejo o mundo que parece acabar aos poucos, tantos loucos frios no coração, me sinto um ET e se tivesse um foguete iria pra bem mais longe, com cão e sem celular.
Decido faxinar o quarto. Quanta coisa sua. Vou colocar tudo numa sacola e esperar.
Observando bem, nada disso aqui me representa. Não sei quando terei coragem de partir também, sair decidido, curado, satisfeito sem querer alguém.
Tem ser humano que fode com a gente, pois foi destruído igualmente um dia e não soube tratar da dor.
Não sinto pena. Não sinto culpa. Não sinto vontade nenhuma de sair de mim por enquanto. Quero me proteger, pacificar, parar, escrever, ver o desenrolar.
Tenho muitos trabalhos e estudos a fazer, não posso ficar só pensando em você para eu não sofrer. Um coração marginal não deve cair muitas vezes,,,
Inventei de me fazer a pessoa mais importante da minha vida e agora tenho que fazer jus.
O café já esfriou e eu não bebi um gole. Ainda bem, vou tentar dormir mais um pouco.
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D.
escritama 